Quénia Derrota Angola e Qualifica- se para Afrobasquete 2021
Ê caso de destaque no basquetebol africano: pela primeira vez uma treinadora conseguiu apurar uma selecção para a fase final de um AfroBasket. O feito foi alcançado pela treinadora australiana Liz Mills que conduziu a selecção do Quénia a primeira vitória na história diante de Angola por 74-73 e consequente qualificação ao Afrobasket Ruanda 2021.
Por Alfredo Júnior, em Yaondé
O Quênia regressa ao AfroBasket pela primeira vez em 28 anos. Sua última participação no campeonato continental foi em 1993, prova que sediou, mas não conseguiu um lugar no pódio após uma derrota por 90-76 para o Senegal no jogo do terceiro lugar.
A história da primeira mulher que comanda uma selecção africana masculina e a qualifica para um Afrobasket registou-se em Yaoundé, nos Camarões, em pleno Palais Polyvalent des Sports, arena que acolhe a terceira janela de qualificação ao Afrobasket, etapa na qual os quenianos chegaram com uma vitória por 62-79 sobre Moçambique país com quem se esperava que os quenianos discutissem a vaga para tão esperada competição.
Liz Mills estudou adversários ao pormenor
Desengane-se quem assim pensou, pois Liz Mills que assumiu o comando técnico do Quénia para esta etapa começou a dar mostras das transformações que incutiu na sua equipa no primeiro jogo decorrido em Yaoundé, no qual após estar a vencer ao intervalo por 31-27 acabou vergando diante do potencial do Senegal que acabou vencendo por 51-69.
Na noite de sexta-feira e após a derrota Liz Mills continuou o seu trabalho fazendo um trabalho de “scouting” da selecção de Angola, tomando notas sobre a forma de estar em campo dos angolanos no jogo diante de Moçambique.
Este sábado demonstrou ter estudado bem ao adversário, pois conseguiu anular as principais pedras da turma orientada pelo brasileiro José Neto, como é o caso do base armador de jogo Childo Dundão que marcou 4 pontos e fez duas assistências (contra 20 pontos e três assistências na noite anterior) e a dificultou o jogo a Carlos Morais (16 pontos com 25% nos triplos).
Jogo Angola – Quénia decidido nos últimos segundos
Depois de 22-9 no primeiro quarto, o Quénia foi crescendo no jogo, tendo nos ez minutos seguintes conseguido o parcial de 17-19, que colocou o resultado em 39-28 ao intervalo. o terceiro quarto terminou com o parcial de 17-25, colocando a diferença pontual em três pontos, ou seja 56-53.
Daí para frente a partida foi disputada e quando faltavam 5:16 minutos por jogar no último quarto o Quénia passou para a liderança do marcador (60-61), mas Angola não permitiu que a diferença fosse grande, ainda que tenha atingido oito pontos, tendo apenas recuperado a liderança a 28 segundos do fim quando Carlos Morais assistiu a Alexandre Jungo que colocou o resultado em 73-72.
A última posse de bola foi bem aproveitada pelos pupilos de Liz Mills, com Taylor Ongawe (jogar do Bakken da Dinamarca) a fazer o último lançamento em cima da buzina, ou seja a três segundos do fim, colocando o resultado final em 73-74, carimbando a qualificação do Quénia ao Afrobasket 2021 28 anos depois da última presença.
Este domingo os orientados por Lis Mills defrontam Moçambique que agora busca uma vitória para ser o melhor quarto classificado de todos grupos desta janela de apuramento para qualificar-se ao Afrobasket 2021.(LANCEMZ)
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